Eu sou mais lacónico. Digo à minha mulher que a encontrei em refugo, nos saldos. Era a última peça e ninguém a queria...
. Mas, que mais ninguém soube ver para lá do que era evidente.
Como em tudo na vida, temos de ver a qualidade do produto e não a marca. Temos de avaliar a utilidade e não a imagem.
Temos de ver o coração e não a cara. Temos de ver através dos olhos e não a cor dos olhos.
Pode parecer impróprio o modo como o descrevo mas, não é. Estou casado há 24 anos e, adoro a minha mulher. É uma excelente mãe, uma pessoa independente e decidida. Tem um coração de ouro mas, um feitio do "caraças". Mas... o casamento foi construído ao longo dos anos, de cada dia de cada ano.
Adoptámo-nos ou adaptámo-nos? Não interessa, porque o importante é que criámos raízes, educámos filhos, cuidamos de nossos pais e,... todos os dias tentamos construir um mundo melhor.
Quando um dia disse à minha mulher que o facto de assinar um papel a certificar que estávamos legitimamente unidos me era indiferente pois não era isso que alteraria a minha forma de pensar ou de agir, não lhe estava a contar uma história. Estava apenas a dizer-lhe que, aquilo que sinto por ela é exactamente o mesmo que sintia há 24 anos atrás. Isto é, não consigo aturá-la mas, também não sei viver sem ela. E, isto é... amor.
Espero que, a um casal jovem como vocês, isto vos diga alguma coisa.
Saibam ser felizes, para sempre!
Um beijo